Crianças francesas não fazem manha
CRIANÇAS FRANCESAS NÃO FAZEM MANHA, de Pamela Druckerman, conta a visão da própria Pamela, uma jovem americana que, ao se mudar para a França e ter seu primeiro bebê, percebe a enorme diferença de comportamento entre as crianças francesas e sua filha (e as demais crianças americanas que ela conhece). O que poderia explicar o bom comportamento dos pequenos franceses, tão diferente da energia aparentemente incontrolável, das birras e da dificuldade em esperar das crianças do outro continente?
Ao ler esse livro, notei que a criação americana é bem mais semelhante à nossa, latina: os filhos se tornam rapidamente o centro da família, e a rotina, as finanças, os compromissos passam a girar ao redor dos novos membros da família por um longo período de tempo.
Na França, pelo que pude perceber, a casa e a família não mudam para receber o novo bebê: é o bebê quem irá precisar aprender e se adequar à rotina familiar já existente. Isso resulta em crianças que parecem ter mais paciência em esperar, em pais que conseguem manter uma vida social e a dois mais equilibrada a despeito de terem crianças pequenas em casa, em passeios mais tranquilos em família e em um lar mais harmonioso.
Mas como nada tem apenas um lado, as crianças francesas também parecem receber menos atenção do que talvez desejem... ou, pelo menos, do que nós estamos acostumados aqui no Brasil. De qualquer forma, certamente a leitura deste livro vale a pena: há muitas dicas bacanas e é sempre positivo ouvir (e aprender com) um outro ponto de vista!